quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dicas para melhorar seu desempenho na hora de cantar.


A voz é um instrumento vivo.través de exercícios e da prática regular de aulas de canto, você poderá melhorar cada vez mais a qualidade desse instrumento. Cada pessoa tem uma voz única e especial. Para cada voz, uma personalidade diferente. Toda pessoa carrega consigo seu próprio instrumento, inserido em seu corpo, com características fisiológicas e psicológicas singulares. Por isso, tentar aplicar um sistema de canto para todos é impossível - cada voz  requer tratamento individualizado. Cabe ao professor de canto conhecer bem cada aparelho vocal que lhe chega e desenvolver o canto ou fala.


Voz

Em relação à voz, é necessário que funcione em solidariedade com todo o organismo.

Iimpostação vocal não é coisa que se faça em série. É pessoal - diferente para cada um. Para cada aparelho fonador, uma técnica vocal própria para ele. É como fazer uma roupa com as medidas corretas para aquela pessoa.
A técnica vocal é única , individual e se adapta a cada voz. 
Não é somente a técnica vocal que importa. O que importa, na verdade, ao lado da técnica vocal, é a personalidade vocal, isto é , fazer de cada ser humano uma fonte de expressão sonora própria e não um robô vocal.

Existem hoje diversas técnicas de canto . Muitos são os profissionais e o aluno deverá escolher o que melhor trabalhe sua voz.
Para isso é necessário analisar o profissional:

Deve-se observar sempre que: 

A voz não sai nunca cansada ou rouca após fazer exercícios vocais.
A aula deverá ter sempre uma parte respiratória e outra de vocalises.
Não necessariamente se canta na aula. Nem todo profissional da voz é um instrumentista. Isto não é importante. O necessário é que este entenda profundamente sobre a fisiologia da voz e tenha muita experiência.
Muitos alunos querem somente cantar na aula. É importante saber que a técnica vocal coloca a voz em seu devido lugar. A aula deve ser sobre isto. Colocação e impostação da voz. 
O repertório deverá ser feito por um músico acompanhador.

Problemas vocais e musicais.

Desafinação

Você tem bom ouvido? É musical?

Quando canta com outras pessoas alguém lhe manda calar?
Já lhe disseram que é desafinado?
Tem bom ouvido para ouvir mas não consegue emitir?

Há pessoas que adoram músicas mas são desafinadas em suas emissões. Modulam pouco a voz,e acabam por desenvolver uma personalidade introvertida.
Isto acarreta constrangimento e tristeza, pois a pessoa se sente excluída dos ambientes alegres e musicais.

Como se sabem deficientes sonoros, acabam se encolhendo, se escondendo e terminam por abandonar as festinhas e acontecimentos musicais.

Existem vários níveis de desafinação. A maioria é corrigível.

A desafinação tem duas causas: ou se ouve errado, ou se emite errado.
No primeiro caso, é necessário afinar o ouvido assim como se afina um instrumento.
Através de exercícios vocais e percepção musical vai se construindo os intervalos musicais.
Semitons, tons,terças etc...
Ou seja, grava-se os intervalos musicais e a afinação se aprimora.

No segundo caso a emissão não está correta, portanto, ao se firmar a voz na ressonância certa a voz vai se firma e afina.

  
Voz de Garganta, voz de peito, voz de cabeça

Nossa voz ressoa em todo nosso corpo. Quando emitimos um som, este antes de se projetar se dirige para o local que habituamos enviar o sopro sonoro.

A voz pode estar:

Gutural - quando a voz está arriada, produzindo um som destimbrado e com dificuldades de emissão. Esse tipo de voz, como não bate nos ressoadores é frequentemente problemática, trazendo alguns danos à prega vocal. Não é uma voz prazerosa de se ouvir. Somente quando o som bate nas cavidades do crânio é que o som fica bonito.
Aconselhamos além dos exercícios respiratórios, vocalises em stacatto e portamentos. Cantar músicas agudas, sem esforço, é também indicado para que a pessoa se acostume a ouvir sua voz com um timbre novo.

Voz de peito - é um recurso utilizado pelas vozes agudas para conseguir dar alguns sons mais graves. Geralmente quem utiliza é quem já sabe cantar e já está com a voz totalmente "colocada". É somente um recurso.

Voz de cabeça - Local adequado para emissão vocal. Essa voz se consegue com muita técnica vocal. O hábito de cantar para cima e sem esforço. O Cantor lírico utiliza sempre esta colocação. Os agudos e super-agudos da voz são todos na cabeça.

Excesso de vibrato - Todo cuidado pouco. Existem tres classificações de vibração da voz. Vibrato, trinado e trêmolo. Caracterizando-se pela largura e variação de sua frequência. Vibratos com ampla amplitude são utilizados em canto operísticos. O excesso de vibrato pode dar à voz uma sensação de voz balançada.
Em canto popular, não se utiliza vibratos e sim brilhos. Opte por esses efeitos para dar colorido e emoção nas frases.



Vozes e canto.


Desde os primórdios da humanidade temos, através de documentos do Egito e antiga Mesopotâmia, registro de práticas de cantocoletivo ligados a rituais e danças sagradas. Em sua origem grega, o termo coral (chóros) designava um grupo de atores que cantavam, recitavam e dançavam nos dramas de Ésquilo, Eurípides e Sófocles e passou por diversos significados. O Cristianismo o adotou como um grupo de cantores da comunidade, além de usar a palavra também para designar o local onde era instalado o órgão.
Na sua forma contemporânea, o Coral adulto é formado por quatro naipes, chamados sucessivamente, do mais agudo para o mais grave, de sopranos, contraltos, tenores e baixos. Cada naipe tem sua linha melódica específica, de acordo com as suas características vocais. Entre as classificações vocais individuais, temos ainda subdivisões, como soprano ou tenor lírico, ligeiro, dramático, além de mezzo-sopranos, barítonos, entre outros. Para classificarmos uma voz, é necessário observar fatores como extensão vocal e timbre. Essas subcategorias de voz definirão o tipo de repertório do cantor. Nem todos os tipos de sopranos poderiam representar o papel de “Aida”, por exemplo, pois é restrita a um determinado tipo de voz.



Vozes adultas

As extensões vocais como as abaixo anotadas são consideradas vozes excepcionais bem acima da voz não educada (i.e treinada) e refletem os limites máximos possíveis somente de tal voz. Este quadro também não mostra a possibilidade do uso de falsetto que iria estender a capacidade da altura da voz.
As vozes adultas masculinas estão assim divididas de acordo com a tessitura das cordas vocais – do mais grave para o mais agudo:
  • Baixos: do Fa1 ao Fa3 (sendo, 1 e 3, os números referentes às oitavas musicais do piano)---o C3 é o dó central, assim o F3 é o fá acima deste dó central).
  • Barítonos: do La1 ao La3.
  • Tenores: do Do2 ao Do4.
Por sua vez, as vozes adultas femininas se dividem em:
  • Contraltos: do Fa2 ao Fa4.
  • Mezzo (ou mezzo-soprano): do La2 ao La4.
  • Sopranos: do Do3 ao Do5.


Voz de transição

  • Baritono infantil do Do2 ao Re3

Vozes infantis

  • Masculina
  • Tenorinos: do Si2 ao Fa4
  • Contraltinos: do Sol2 ao Ré4
  • Feminina
  • Pré-primaria: do Do3 ao Mi4
  • Sopraninos: do Do3 ao Sol4
  • Contraltinos: do sol2 ao Mi bemol4



terça-feira, 7 de junho de 2011

Teatro da crueldade




Antonin Artaud (1896 1948) foi considerado um louco visionario do teatro surrealista, que apesar de ter morrido sem ver muito suas teorias realizadas na pratica, influenciou varios teatrologos que o sucederam, entre eles, Jerzy Grotowski, cujas teorias deram origem ao Teatro Pobre e Peter Brook, teatrologos que serao abordados mais a frente. Ate o surgimento do mito Artaud, eram considerados pilares de sustentacao teatral, o russo Stanislavski e o alemao Brecht, que propuseram formas diferenciadas de atuar (Veja capitulos anteriores). Ja o frances Artaud possuia grandes pretensoes a respeito de sua arte. Junto com Roger Aron, foi um dos primeiros diretores surrealistas, com a proposta de contestar o teatro naturalista, principalmente o frances, que se mostrava muito retorico e paradigmatico. Artaud pregava o uso de elementos magicos que hipnotizassem o espectador, sem que fosse necessaria a utilizacao de dialogos entre os personagens, e sim muita musica, dancas, gritos, sombras, iluminacao forte e expressao corporal, que comunicariam ao publico a mensagem, reproduzindo no palco os sonhos e os misterios da alma humana. 
Artaud era incisivo ao abordar suas concepcoes teatrais: O teatro e igual a peste porque, como ela, e a manifestacao, a exteriorizacao de um fundo de crueldade latente pelo qual se localizam num individuo ou numa populacao todas as maldosas possibilidades da alma. Assim, surgiu o nome de sua teoria, o Teatro da Crueldade, que sofreu grande influencia do teatro oriental, principalmente o balines. Em seu livro O Teatro e Seu Duplo, o teatrologo reafirma seu descontentamento com o teatro europeu, denunciando a perda do carater primitivo do teatro como cerimonia, avaliando o teatro oriental como original, ressaltando que esse manteve seu aspecto cultural milenar, sem interferencia, constituido pelos temas religiosos e misticos, numa confraria que propoe principalmente saudar o desconhecido e constituir um universo ingenuo que nao busque a explicacao e a psicologia, como no teatro ocidental, e sim uma perspectiva pessoal a respeito do mundo. 
O que incomodava fortemente o teatrologo era a exposicao da arte relativa a comercializacao, onde os atores e os diretores seguiam fielmente um texto a fim de conseguir uma perfeita equacao, que segundo Artaud era antipoetico e um teatro de invertidos comerciantes. Artaud criticava abertamente a expressao corporal subordinada ao texto, pois achava ser inutil os musculos se movimentarem em detrimento da emocao superficial, de maneira sistematica, como mascaras gregas, procurando fazer o mais facil, que e imitar, reproduzir sem maiores resolucoes o tema abordado e sua subjetividade sem buscar um aprofundamento maior. Tudo em prol do superficial, do rapido, do facil e do lucrativo. 
Hoje reconhecido como um profeta do teatro, Artaud deflagrou a Industria Cultural no teatro, alem de questionar o teatro discursivo. Porem, esse reconhecimento so veio apos a sua morte. Em vida, Artaud nao conseguiu por em pratica grande parte de suas teorias, pretensiosas demais para a epoca e muito paradoxal. Porem, como ensaio serviu para dar um outro panorama a arte dramatica, permitindo assim que se abrisse um paralelo, uma porta que serve como alternativa, como ritual de confrontacao para as tecnicas classicas, que mantinham normas milenares sem nenhuma contestacao. Artaud, como um dos percursores do Surrealismo, pode inserir esse genero na arte dramatica, alem de sugerir maior inovacao e arrojo nas obras de arte, seja ela pintura, arquitetura, danca, composicao, musica, etc. 
Antes mesmo da segunda guerra o mundo estava muito dividido em relacao ao comunismo e, por outro lado, a sombra do fascismo pairava sobre a Europa. A Escola de Frankfurt, que tinha em Walter Benjamin (1892 1940), seu principal e mais radical teorico, foi responsavel por combater a chamada Industria Cultural, buscando impor antes, durante e depois da Segunda Guerra, as suas teorias marxistas, tendo como objeto de estudo a arte de paises capitalistas, que e encarada como produto. Alem de Benjamin, outros tres grandes teoricos se destacaram: Max Horkheimer (1895 1973), Theodor Adorno (1903 1969) e Jrge Habermans (1929 - ), que elaboraram, primeiramente durante a crise alema, indigestas teorias a respeito da manipulacao da comunicacao na Europa, principalmente na Alemanha, onde o nazismo conquistava cada vez mais votos contra os comunistas. Os quatro foram cacados pela Gestapo (policia alema), o que culminou no suicidio de Walter Benjamin em 1940. 
Por ser da mesma epoca e viver os mesmos ares de uma Europa em crise, Artaud com certeza sofreu grandes influencias da Escola de Frankfurt, de forma que algumas de suas teorias se aproximam bastante ao que propos Benjamin. Esse teorico era contra a utilizacao desenfreada da arte em prol da capitalizacao, o que, segundo ele, desgastava a importancia da obra. Adorno, apesar de tambem criticar, buscou ver o lado positivo da comercializacao da arte, alegando que a divulgacao estreita os lacos da obra artistica com a sociedade. Porem Adorno rechaca a utilizacao da obra como um bem particular, afirmando que tal prestigio impede que toda a sociedade manifeste interesse por uma obra. Hockheimer concorda e alega que as diferencas sociais impedem que o publico se aproxime de uma obra original e sim de copias e criacoes voltadas para o faturamento de riquezas, transformando a cultura em um bom produto para venda, manipuladas pelo marketing, subordinado a moda vigente, com uma demanda limitada do publico mais rico. 

Segundo manifesto do teatro da crueldade, de Antonin Artaud 
"Admitido ou no admitido, consciente ou inconsciente, o estado potico, um estado transcendente de vida, no fundo aquilo que o pblico procura atravs do amor, do crime, das drogas, da guerra ou da insurreio. 
O Teatro da Crueldade foi criado para devolver ao teatro a noo de uma vida apaixonada e convulsa; e neste sentido de rigor violento, de condensao extrema dos elementos cnicos, que se deve entender a crueldade sobre a qual ele pretende se apoiar. 
Esta crueldade, que ser, quando necessrio, sangrenta, mas que no o ser sistematicamente, confunde-se portanto com a noo de uma espcie de rida pureza moral que no teme pagar pela vida o preo que deve ser pago. 

1. Do Ponto de Vista do Fundo 
quer dizer, dos assuntos e temas tratados: 
O Teatro da Crueldade escolher assuntos e temas que correspondam agitao e inquietude caracterstica de nossa poca. 
No pretende abandonar para o cinema a tarefa de produzir os Mitos do homem e da vida modernos. Mas far isso de um modo que lhe prprio, isto , em oposio ao deslizamento econmico, utilitrio e tcnico do mundo, por em moda outra vez as grandes preocupaes e as grandes paixes essenciais que o teatro moderno cobriu sob o verniz do homem falsamente civilizado. 
Esses temas sero csmicos, universais, interpretados segundo os textos mais antigos, tirados das velhas cosmogonias mexicana, hindu, judaica, iraniana etc. 
Renunciando ao homem psicolgico, ao carter e aos sentimentos bem delimitados, ao homem total e no ao homem social, submetido s leis e deformado pelas religies e pelos preceitos, que esse teatro se dirigir. 
E desse homem ele pegar no apenas o recto mas tambm o verso do esprito; a realidade da imaginao e dos sonhos surgir em igualdade de condies com a vida.


Fonte http://kuarteto.br.tripod.com/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Art Naïf



É a arte da espontaniedade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular. Claro que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto. 

Art naïf (arte ingênua) é o estilo a que pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular. 

Esse isolamento situa o art naïf numa faixa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva, sem que, no entanto, se confunda com elas.

Assim, o artista naïf é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras, muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos. Não se trata, portanto, de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural.

O artista naïf não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa.


QUEM SÃO OS PINTORES NAÏFS?

Ser naïf é um estado de espírito que leva a uma maneira toda pessoal de pintar. Podemos encontrar pintores naïfs entre sapateiros, carteiros, donas de casa, médicos, jornalistas e diplomatas.A arte naïf transcende o que se convencionou chamar de arte popular.

A PINTURA NAÏF NO BRASIL

O Brasil junto com a França, a ex-Iugoslávia, o Haiti e a Itália, é um dos "cinco grandes " da arte naïf no mundo. Um grande número de obras de pintores naïfs brasileiros faz parte do acervo dos principais museus de arte naïf existentes no mundo.

A pintura naïf brasileira é muito rica e cheia de imprevistos. Devido à diversidade de temas relativos à fauna, à flora, ao sincretismo religioso e às suas várias etnias, o Brasil ocupa lugar de destaque no contexto mundial de arte naïf.
Os quadros de naïfs brasileiros são reproduzidos nos mais importantes livros estrangeiros sobre arte naïf. Não há uma exposição naïf internacional importante sem que os artistas naïfs brasileiros sejam convidados a participar.
Em toda a história da pintura brasileira, nunca tantos artistas tiveram suas obras expostas, publicadas, comentadas e citadas como são as dos pintores naïfs. O único pintor brasileiro (entre todas as tendências) a ser premiado numa Bienal de Veneza foi um naïf, Chico da Silva, em 1966, na 33ª Bienal. Ganhou menção honrosa com a sua pintura.

Fonte: www.artenaif.hpg.ig.com.br
Soltando balão
Soltando balão 
Airton das Neves



A arte naif é uma criação artística instintiva e espontânea realizada por pintores autodidatas que sentem uma impulsão vital de contar suas experiências de vida.
Podemos dizer que desde o início dos tempos, quando o homem sentiu a necessidade de criar algo com o único intuito de se deleitar, surgiu a arte naif; assim sendo, ela encontra-se presente ao longo da história da humanidade, pelas mãos de indivíduos que, alheios aos movimentos artísticos, sociais e culturais de sua época, criam unicamente movidos por suas emoções.

Arte Naif
Jarra de flores 

BebethA denominação “Arte naif” (aplicada para designar um certo grupo de pintores) como utilizamos atualmente, surgiu no fim do século XIX, com a aparição do pintor francês Henri Rousseau no “Salão dos Independentes”, em Paris.

Atualmente podemos dizer que o Brasil é um dos grandes representantes da arte naif mundial.

Arte Naif
O violeiro 

Ernane CortatPor ser um país de imensos contrastes, com uma cultura resultante do amálgama de inúmeras outras (a africana, a européia e a indígena), ele é um canteiro fértil para o surgimento e desenvolvimento dessa forma de expressão artística.

Apesar desse imenso potencial, somente na década de 50, o Brasil começou a dar atenção a esse grupo de artistas, com as primeiras exposições de Heitor dos Prazeres, Cardosinho, Silvia de Leon Chalreo e José Antonio da Silva.

Vaso com flores na paisagem
Vaso com flores na paisagem 
Ernani Pavaneli

Depois desse início, as décadas de 60 e 70, vão conhecer uma verdadeira explosão de pintores naifs brasileiros, tais como: Ivonaldo, Isabel de Jesus, Gerson Alves de Souza, Elza O .S., Crisaldo de Moraes, José Sabóia e muitos outros que juntamente com seus predecessores, estão presentes em nosso acervo.

Hoje a festa é da vovó

Hoje a festa é da vovó 

Ana Maria DiasA arte naif é simples, pura, autêntica e não exige prévios conhecimentos intelectuais e artísticos para ser compreendida, chega direto ao nosso coração e toca nossa alma sem subterfúgios, somente ultrapassando o filtro de nossas emoções.

A Galeria Jacques Ardies convida-o a se deixar contagiar por esse mundo de luzes, cores e alegria oferecido por seus artistas.
Fonte: oseculoprodigioso.com


Arte Indígena


Os olhos e as mentes intelectuais da humanidade começaram no séc. XX a reconhecer os povos nativos como culturas diferentes das civilizações oficiais e vislumbraram contribuições sociais e ambientais deixadas pelos guerreiros que tiveram o sonho como professores. Mas a maior contribuição que os povos da floresta podem deixar ao homem branco é a prática de ser uno com a natureza interna de si. A Tradição do Sol, da Lua e da Grande Mãe ensinam que tudo se desdobra de uma fonte única, formando uma trama sagrada de relações e inter-relações, de modo que tudo se conecta a tudo. O pulsar de uma estrela na noite é o mesmo que do coração. Homens, árvores, serras, rios e mares são um corpo, com ações interdependentes. Esse conceito só pode ser compreendido através do coração, ou seja, da natureza interna de cada um. Quando o humano das cidades petrificadas largarem as armas do intelecto, essa contribuição será compreendida. Nesse momento entraremos no Ciclo da Unicidade, e a Terra sem Males se manifestará no reino humano. 


A arte indígena brasileira é a arte produzida pelos índios, tanto antes da colonização, quanto após esse período. Podemos destacar a arte da cerâmica, do trançado, enfeites para o corpo, pintura corporal e confeccção de máscaras, entre outros. Cada tribo possui uma arte com características diferentes, representando as tradições de sua comunidade.
Para a produção dos seus trabalhos há o uso de elementos naturais, como: argila, caroços, madeiras, fibras, sementes, plumas de diversos pássaros, cipós, ossos, dentes, couro, palhas, cocos,  além dos pigmentos naturais, como urucum, barro, frutas, etc. É muito comum desenhos com formas geométricas para decorar as peças de cerâmica e trançados.
Para os índios, as máscaras representam a figura de seres sobrenaturais, feitas com troncos de árvores, palha, cabaças etc; e são usadas em rituais e danças.
As cores mais utilizadas pelos índios para a pintura corporal são: o vermelho, do urucum, o negro, do suco de jenipapo e o branco da tabatinga.
Um desafio para a 3ª série: criar pratos com inspiração na arte indígena. Aí vão algumas imagens para inspirar os artistas:

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Auto da Barca do Inferno

informações
Escrita por Gil Vicente e representada em 1517, "O Auto da Barca do Inferno" é a primeira parte de uma trilogia (conhecida como trilogia das Barcas)
e é um espetáculo ícone do teatro mundial.

Inúmeras montagens já foram feitas da farsa que conta o julgamento das almas de representantes da sociedade portuguesa, criticando o comportamento moral
e a hipocrisia que reinava (e, convenhamos, ainda reina) na sociedade de um modo geral.

O ETA (Estúdio de Treinamento Artístico) juntamente com a Cia. Artística DNArte e o Grupo de Teatro No Ato, realizam a montagem, dirigida por Rodney D'Annibale, transportando a
história para a realidade atual, alterando termos do texto para um melhor entendimento do público, já que o original foi escrito em português arcaico, constando, inclusive algumas
expressões em latim, traduzidas no decorrer do espetáculo por uma das personagens.

O momento e o mundo em que vivemos, cercado de violência, sensacionalismo barato e exploração do sofrimento alheio encontram, nesta montagem, o espaço necessário
para a crítica social que o espetáculo pretende fazer, mesmo que de forma subliminar, através das manchetes de jornal espalhadas pela sala de teatro, ainda no que diz respeito às
mortes das personagens, fazendo com que o público entre em choque consigo mesmo e questione-se sobre os verdadeiros valores morais que permeiam nosso mundo nos
dias atuais.


ELENCO

Carol Marchetto
Diego Brito
Fábio Carvalho
Faby Veras
Flávio Giusti
Jean Amorim
Kali Moura
Marco Mota
Marly Fridman
Michele Oliveira
Priscila Marino
Sebah Nunes

FICHA TÉCNICA

Direção: Rodney D'Annibale
Adaptação e dramaturgia: Diego Brito
Colaboração de dramaturgia: Fábio de Carvalho
Direção Musical: Rodney D'Annibale e Diego Brito
Figurino: Sebah Nunes
Maquiagem: Cia. Artística DNArte e Grupo de Teatro No Ato
Ambientação: Cia. Artística DNArte e Grupo de Teatro No Ato
Operação de Áudio e Iluminação: Rodney D'Annibale e Daniel Fernandez
Ilustração e Criação Gráfica: Flávio Giusti
Realização: ETA - Estúdio de Treinamento Artístico, Cia. Artística DNArte e Grupo de Teatro No Ato
Produção Executiva: Nadir Cefali e Carol Cefali

Apresentação dias 05 e 12/6