quinta-feira, 21 de abril de 2011

Os Fuzis da Senhora Carrar

Os Fuzis da Senhora Carrar
Os Fuzis da Senhora Carrar é uma peça do teatrólogo alemão Bertold Brecht.

“Os fuzis da senhora Carrar” é considerada uma das obras mais dramáticas do autor e um clássico da dramaturgia mundial, nela Brecht trata da luta dos povos em defesa da democracia contra o fascismo. Para isso aborda o drama e as contradições vividas pela Senhora Thereza Carrar, de quarenta anos de idade, viúva pois perde seu marido lutando nas brigadas de autodefesa contra o exército de Francisco Franco durante Guerra Civil Espanhola (1936). Tereza Carrar vive na região da Andaluzia na Espanha com seus dois filhos José que é seu filho mais novo e Juan.
 Na peça a Senhora Carrar mantêm o filho mais novo dentro de casa enquanto observam o filho mais velho pela janela pescando, por ordem da mãe que o impede de ir ao campo de batalha. Por causa da atitude que a mãe tem com Juan, José que naquele momento gostaria de estar na linha de frente junto com a resistência, formada por pessoas da esquerda que são contra a ditadura, ele contesta durante o decorrer da peça as atitudes da mãe e a situação se agrava ainda mais com a chegada do tio irmão de Thereza, o Operário, de nome Pedro Jaqueiras que faz parte da resistência no setor de Málaga e para aumentar o poder de fogo da resistencia chega com o objetivo de pegar os fuzis da senhora Carrar cujos ela esconde debaixo do assoalho. Estes Fuzis pertenciam ou marido dela Carlos morto por uma bala no pulmão em Olivedo durante o levante vindo morrer. Depois do ocorrido a Senhora Carrar se sente culpada e por causa do ocorrido, mantêm uma vigilância rigorosa sobre os filhos para impedir que aconteçam com eles, o mesmo que aconteceu ao marido. Ela deixa a resistência e assume os códigos morais da igreja, permanecendo neutra numa época em que não agir é visto como ajudar o inimigo. A comunidade a trata como traidora e insiste para que ela entregue seus filhos e os fuzis para a causa.
É uma narrativa que resgata um tipo de teatro não pautado pela tentativa de reproduzir o espaço real capim por capim, sendo uma peça com compromisso estético em evidenciar a ilusão teatral. Esse esforço coletivo busca se aproximar a certa noção de modernidade, em que a transgressão e a pesquisa de linguagem mudaram a ordem natural das coisas.
A ruptura com a ilusão de realidade surge com a desconstrução do espaço cênico. O palco de estrutura mínima é decorado apenas com o essencial, chão, janela e mesa, potencializando a tensão claustrofóbica do texto. Os atores têm cara pintada de branco, numa possível leitura conceitual de como máscaras escondem sentimentos ambíguos.
Outra tentativa de quebra, essa confusa por algazarra generalizada, é a participação de um coro que de vez em quando berra testamentos com prazo vencido. As luzes do palco de intenções realistas são atenuadas e fontes artificiais iluminam a primeira fila, onde está o resto do elenco. A ação dramática para e esses atores gritam coisas como “Os pobres nasceram para apanhar”. Pobreza retórica vista também em frases como “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”,e outros ditados populares iteraria nula.
 Essas frases são ditas com militância teatral de baixa utilidade, uma mistura água e óleo entre interpretação rígida no molde clássico e tentativa modernista de reproduzir o distanciamento brechtiano, estratégia que evidencia os mecanismos da engenharia teatral como forma de estimular pensamento crítico. 


PERSONAGENS

MÃE – Viúva e protagonista da Trama
RAPAZ – Jose filho mais novo de Thereza Carrar
OPERÁRIO – Irmão de Thereza Carrar, faz parte da resistência no setor de Málaga
MANUELA – Noiva de Juan Filho mais velho de Thereza
PADRE – Padre que apóia os idéias de Thereza Carrar
SENHORA PEREZ – Visinha de Tereza Carrar, a mulher tem sua fiha morta em combate.

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